sábado, 1 de fevereiro de 2014

O agir de Deus

Ev Elton Dias Fonseca
Presidente da Umadesd

Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem impedirá? Isaías 43:13

Este texto expressa bem aquela que é a vontade diretiva de Deus, aquela que após manifesta é irrevogável, inadiável e impossível de ser impedida. Isto é ele decidiu e faz, e não há que possa parar as mãos do onipotente, mesmo que seja improvável ou impossível aos olhos humanos, mas a quem é dado TODO o poder nos céus e na Terra, não vê dificuldades em realizar o impossível. Dentro da Irrevogável vontade diretiva divina, encontramos eventos que já aconteceram como a vinda de seu filho como homem, sua morte, ressureição e ascensão em glória; eventos futuros como a sentença de satanás e dos anjos decaídas e dos ímpios, a ascensão e queda do Anticristo; e o mais esperado pelos fieis vivos ou que descansam no Senhor o arrebatamento da igreja, o tribunal de Cristo, o juízo Final, entre outros. Nada, mas nada e ninguém mesmo impedirá que essa vontade de Deus seja efetuada, pois assim ele decidiu.
Mas não podemos usar a vontade diretiva divina, como muitos cristãos triunfalistas estão querendo, isto é usá-la a seu bel prazer, como que a vontade de Deus fosse a mesma do homem, e sendo pois todas as vontades humanas por tanto alcançáveis por isso, não esqueçamos pois que nossos desejos nem sempre são os mesmos de Deus, nossos pensamentos e caminhos são bem mais inferiores dos do Grande Eu Sou. (Is 55:8)
Ainda não podemos confundir a vontade diretiva de Deus da sua “vontade” permissiva, coloco aqui vontade entre aspas, pois nem sempre é essa uma vontade, mas sim uma permissividade divina, que teologicamente convencionou chamar de vontade permissiva. Bem vamos lá:
Vontade Permissiva: Permissividade divina de que ocorra alguma coisa baseado no poder de livre arbítrio humano, um exemplo claro dessa é quanto a salvação, já que a Vontade Divina de fato é que todos os homens alcancem a salvação, ITm 2:3-4, porém ele ao criar o homem o criou dotado do poder de escolher, e assim o fez desde o Éden, ao criar as duas árvores, concedeu, pois, o Criador à sua criação, o poder de escolher entre o certo e o errado, claro que a vontade de fato do Pai é a obediência do filho, mas a onipotência divina não anula o livre arbítrio, eis a questão.
A Vontade Permissiva está ligada ao livre arbítrio do homem, ou seja, não pode o homem culpar Deus de seus insucessos, falhas, perdas e da perdição eterna, pois à todos é facultado a escolha, assim cada um decide seu destino, com a permissão divina claro, pois nada ocorre debaixo dos céus se ele não permitir, mas não podemos dizer que por exemplo, que alguém que se matou, ou matou alguém, foi por que Deus assim o quis, mas sim que Deus assim permitiu, e coisas como essas ele só permite porque não interfere diretamente na escolha humana facultando a cada homem o poder de decidir sobre sua vida, porem sempre lhe oportunizando o arrependimento e comunhão celeste.
Enquanto a vontade permissiva esta ligada ao livre arbítrio humano e a justiça divina, a Vontade Diretiva, esta está ligada a onipotência divina, isto é quando ele decide, acabou, fará doa a quem doer, chateia-se quem quiser, nada impedirá, assim por exemplo, ainda que estejamos preparados ou não, que a humanidade creia ou não, queira ou não, Jesus virá arrebatar a sua Igreja, nem a lei da gravidade impedirá que nossos corpos nesse momento incorruptíveis suba ao encontro do noivo.
Espero que tenha colaborado para esclarecer um pouco mais, a cerca desses dois temas tão complicados, porém pouco debatido, e que por isso fazem com que surjam cristãos fracos e manipuláveis por falsos ventos de doutrinas, como a famigerada teologia da prosperidade.
Lembre-se nem tudo o que acontece é por que Deus quis, mas tudo que acontecer é porque ele permitiu.

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